O espaço do livro em tempos virtuais

Apesar da grande oferta de informações por meio virtual, na avaliação de especialistas, quem tem o hábito da leitura não abdica da aquisição de livros. Por ocasião do lançamento do livro “Camponovenses Volume II”, dos escritores Kifas e Lôise, que aconteceu na última sexta-feira (reportagem das páginas 8 e 9), considerei válida uma pequena reflexão sobre o tema.

Não criticando as novas ferramentas de pesquisa e leitura online que estão à disposição e são extremamente úteis, fato é que a juventude brasileira está se tornando muito rapidamente numa geração sem livros, algumas pessoas sem leitura e outras sem saber interpretar o que leem. O distanciamento da maioria das crianças, jovens e adolescentes da leitura, tem sido alvo de preocupação e alerta de educadores. Mesmo assim, na avaliação de especialistas, quem tem o hábito da leitura não abdica da aquisição de livros. Boa notícia, sem dúvida.

A preocupação com a leitura virtual é a sua banalização nas redes sociais, apontam eles. Uma leitura superficial não agrega em conteúdo e o resultado é um nível de conhecimento baixo e a escrita com tantas novas formas de linguagem, acaba prejudicada.

É fato também que o hábito da leitura deve ser incentivado desde cedo tanto pela família quanto na escola. O despertar da criança para o mundo da leitura pode ser tão cativante e prazeroso quanto às demais descobertas e atividades desenvolvidas por elas. Neste aspecto pode-se agregar também ferramentas online, além do velho e bom livro, estabelecendo o gosto e incentivando a leitura com um hábito na vida dos pequenos.

Então que a leitura não seja apresentada como uma atividade penosa, apenas uma obrigação ou um compromisso didático. Portanto, é papel fundamental da escola e da biblioteca cativar estes leitores levando-os a descobrir o significado da leitura.

Quanto mais cedo se inicia o processo de aprendizagem de leitura, mais chances terá o futuro cidadão de nunca abandonar o hábito de ler. A criança que sempre tiver ao seu alcance um livro e souber lê-lo proveitosamente, com certeza levará este hábito para a vida toda.

Por Antonia Claudete Martins – Editora Chefe do Jornal O Celeiro

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