Safra de milho pode superar a última safra em produtividade

IMG_1192A área de milho diminuiu significativamente na região de Campos Novos. Na safra 2014/2015, foram 9 mil hectares cultivados com o cereal e nesta safra são apenas 7 mil/ha, porém, os agricultores estão animados e esperam obter neste ano, uma produtividade ainda maior do que a obtida na safra anterior, que teve média de 185 sacos/ha, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O produtor rural Paulo Gilberto Moraes, associado da Cooperativa Agropecuária Camponovense – Coocam, está contente com o desenvolvimento da cultura nestes 80 dias de implantação da lavoura. “Nós mantivemos a área em 60 hectares e esperamos colher uma boa safra. Colhemos bem no ano passado (170 sacos/ha), mas neste ano esperamos colher 200 sacos/ha”, afirmou Paulo.

O desejo de obter produção superior nesta safra está relacionado aos investimentos realizados na área de milho. Com híbridos de alta tecnologia, adubação diferenciada e aplicação de nitrogênio, Paulo Moraes é ainda mais otimista pela colaboração climática. “Está chovendo bem e realizamos um investimento alto para colher bem. Nossa expectativa é muito boa porque investimos mais em adubação e aplicação de nitrogênio, além da alta tecnologia dos híbridos. Investimos alto para produzir”, comentou.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Coocam Helan Paulo Paganini, o custo de produção da lavoura é superior aos R$ 3 mil. “No milho o negócio é fazer alto investimento para que a lavoura produza bem e o produtor cubra os custos. O principal incentivo que o produtor tem para investir no milho é a rotação de culturas, pensando em ter uma boa safra de soja no próximo ano”, explicou Helan.

O maior problema enfrentado na cultura do milho em Santa Catarina, além do alto custo de produção é a baixa valorização no mercado, mesmo que o estado produza menos do que necessita para suprir as necessidades das agroindústrias. No dia 24 de novembro, o saco do milho era vendido a R$ 28,00 na região. “O milho tem demanda grande, mas o milho produzido em outras regiões do Brasil e até do exterior vem com um preço inferior ao produzido aqui e isso desestimula o produtor a plantar milho”, destacou o Engenheiro Agrônomo.

Sobre o andamento da safra 2015/2016, o profissional técnico da Coocam comenta que o clima é propício para a produção de milho. “O produtor, como é o caso do Paulo, realizou o investimento, fez tratamentos preventivos nas áreas contra doenças e pragas e assim, como na safra passada, tem a expectativa de colher uma ótima safra. A cultura do milho necessita de períodos de chuva e isso vem acontecendo, aumentando assim as chances de que se superem as médias de produtividades obtidas na safra anterior”, ressaltou.

Helan comentou, porém, que caso ocorresse um período de estiagem nesta fase da cultura, os prejuízos seriam significativos. “Todos os indicativos são de que não teremos estiagens, ou vários dias de sol, mas caso acontecesse, como a raiz do milho está superficial e as  plantas não precisaram buscar água na terra, os danos poderiam ser grandes, assim como no florescimento do milho, que uma estiagem poderia prejudicar a produção”, concluiu.

De acordo com informações meteorológicas, porém, o clima deve continuar se apresentando chuvoso até meados de janeiro, propiciando assim, o desenvolvimento da cultura do milho. Agora é manejar a lavoura e aguardar bons resultados na colheita.

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