Nessa semana naqueles minutinhos de folga resolvi dar uma olhada no Facebook, encontrei uma matéria de uma menina que havia acabado de voltar da China, ela mora em Lages e iniciou recentemente sua carreira de modelo. A matéria era interessante, mas os comentários que encontrei nela me chamaram atenção, o primeiro deles dizia: “carreira de modelo é descartável e sem futuro, volte aos estudos.” Como eu tenho pavor de gente amarga, que já acorda amarga, acha qualquer oportunidade para destilar sua amargura, não aguentei e respondi para essa pessoa com doses de ironia: vamos perguntar para Gisele Bündchen para ver se ela concorda? Imediatamente a pessoa que havia feito o comentário sobre a descartável carreira de modelo me respondeu: “é, mas ela é um em um bilhão”.
Novamente respondi: sabe quantos nãos a Gisele Bündchen recebeu de castings antes de dar certo como modelo? Quarenta e dois, isso mesmo quarenta e dois. Ainda recebeu comentários de que ela jamais seria uma capa de revista. E se ela tivesse desistido no primeiro não que recebeu? Se ela tivesse abandonado o sonho que ela tinha para andar onde o chão parece ser mais firme, onde ela estaria?
Nós temos sempre uma arrogância de achar que sabemos o que é melhor para os outros, sempre temos uma dica, uma sugestão, mas não temos a sensibilidade de perguntar e ouvir das pessoas quais são os seus verdadeiros sonhos e objetivos. Me lembrei então de outras pessoas de sucesso que também ouvirão nãos no começo, foram contrariados, ouviram frases de desmotivação. Fiz essa pequena lista:
#1. Walt Disney ouviu que um rato nunca iria fazer sucesso. Antes de construir o império que todos nós conhecemos, Walt Disney foi demitido de um jornal porque o editor acreditava que ele não tinha boas ideias.
#2. Oprah Winfrey ouviu que era imprópria para a TV quando tinha 22 anos. Hoje ela é magnata da TV americana.
#3. Steven Spielberg foi rejeitado pela escola de cinema 3 vezes.
#4. Quando os Beatles estavam apenas começando, uma gravadora os recusou. A Decca Studios de gravação, que havia gravado 15 músicas com o grupo disse que não gostavam do som deles e que a guitarra estava prestes a desaparecer da música, além de garantir que o grupo não tinha futuro no show business.
Vamos pensar nisso quando um filho disser para os pais que quer ser músico e não médico, quando alguém próximo falar que quer ser empreendedor e não fazer concurso público. Quando um sobrinho disser que sonha em cursar artes cênicas e não administração. Mas e se esses sonhos não derem certo? Que venham outros, mas que venham do coração e não apenas de cálculos da calculadora. Termino o texto de hoje lembrando aquela conhecida frase que é mais ou menos assim: Se os seus sonhos não te assustam, eles não são grandes o suficiente.
Por: Drialli Dalazen
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*Coluna publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1435 de 30 de Junho de 2016.