Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti são intensificadas

Com previsão de altas temperaturas e clima úmido, preocupação com a proliferação do mosquito aumenta no estado.

aedes-dengueA Diretoria de Vigilância Epidemiológica – Dive/SC, da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina está trabalhando no planejamento de ações para a intensificação do combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika, no Estado.

Diante da expectativa de um verão de altas temperaturas e de clima úmido, condições propícias à proliferação do mosquito, é fundamental que as ações para eliminação de potenciais criadouros sejam intensificadas. Dentre as medidas previstas está a realização, neste mês de novembro, do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti – LIRAa nos 50 municípios considerados infestados pelo mosquito e nas 22 cidades sob risco de infestação.

“Realizado de forma rápida em uma amostra dos imóveis existentes, o LIRAa nos apresentará a realidade atual em relação aos principais depósitos encontrados no ambiente, potenciais criadouros do mosquito e o número de focos identificados durante as vistorias. Assim, poderemos predizer os riscos e direcionar as ações para os depósitos identificados”, explica João Fuck, coordenador do Programa de Controle da Dengue de Santa Catarina.

Uma outra preocupação da Dive/SC é que as atividades dos programas municipais de controle da dengue sejam mantidas e intensificadas durante os meses de novembro de 2016 a março de 2017. Este período é considerado o de maior risco para transmissão das três doenças e que irá coincidir com o período de transição na administração dos municípios catarinenses que tiveram um grande índice de renovação em suas prefeituras.

Visando minimizar esse risco, estão sendo encaminhados ofícios aos atuais e futuros prefeitos dos 295 municípios catarinenses sobre a importância da continuidade das atividades dos programas municipais neste período.

Porém, mesmo com a manutenção de todos os programas, sem a contribuição da população, não haverá sucesso no combate ao mosquito. Uma campanha de mídia já foi deflagrada no estado para lembrar a população sobre as atitudes que devem ser tomadas no dia a dia, em casa e no ambiente de trabalho, para eliminar recipientes que possam acumular água, manter as caixas d1água e cisternas vedadas e realizar a limpeza semanal daqueles locais que podem se tornar potenciais criadouros, como por exemplo, as calhas.

Panorama epidemiológico

De acordo com o último Boletim Epidemiológico (31/2016), 4.356 casos de dengue foram confirmados entre 1º de janeiro e 22 de outubro. Desses, 3.977 eram autóctones (transmissão dentro do próprio território), 278 importados e 101 estão em investigação de Local Provável de Infecção (LPI). Esses dados representam um aumento de 18% em relação aos 3.273 casos autóctones confirmados em 2015 no mesmo período.

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, foram identificados 6.326 focos, em 133 municípios até o momento. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 5.966 focos em 111 municípios.

Em Campos Novos

Em Campos Novos, conforme Emanueli França, agente de endemias da Vigilância Sanitária Municipal, a última notificação ocorreu em 2015, com dois focos do mosquito Aedes aegypti.

São mantidas no município 112 armadilhas visitadas a cada 7 dias, além de 15 pontos estratégicos em locais considerados de risco de proliferação do mosquito. Para o final de novembro, está sendo avaliada uma ação de orientação com a distribuição de panfletos e sensibilização da população.

*Reportagem publicada no Jornal “O Celeiro”, Edição 1454 de 10 de Novembro de 2016

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