Fisioterapia respiratória atua na prevenção e tratamento de infecções

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Prática deixou de ser alternativa e se tornou essencial na recuperação de pacientes que enfrentam problemas respiratórios.

Leonardo Farias Santos, fisioterapeuta

As diversas técnicas de fisioterapia respiratória são muito úteis para melhorar a função pulmonar e para favorecer a expulsão de secreções em pessoas afetadas por doenças broncopulmonares.

São exercícios e manobras específicos utilizados para melhorar a capacidade pulmonar e a função respiratória. O fisioterapeuta Leonardo Farias Santos, salienta que o maior benefício da fisioterapia respiratória é a recuperação funcional do paciente no restabelecimento da respiração. “O benefício maior é realmente a recuperação funcional do paciente na questão aeróbica pulmonar, voltada principalmente ao restabelecimento da uma respiração normal, de uma troca gasosa de uma expansão do pulmão, do treinamento da musculatura respiratória, da forma correta de se respirar por meio de métodos específicos, além da eliminação de secreções e de uma melhora da expansão pulmonar de pacientes que apresentam DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). São manobras que a gente faz pra auxiliar o paciente em terapia e o treinamento domiciliar é feito com exercícios simples e orientação, que devem ser acompanhados por um familiar”, informou o fisioterapeuta.

A fisioterapia respiratória é destinada a pacientes de todas as idades. Leonardo Farias Santos afirma que hoje a técnica deixou de ser secundária e se tornou prioritária no acompanhamento e recuperação de pacientes com problemas respiratórios. “Hoje a fisioterapia se tornou uma prioridade, onde antes era uma técnica secundária, geralmente um tratamento hospitalar, quando o paciente estava internado era recomendada a fisioterapia respiratória. Hoje com o avanço da fisioterapia, muitos médicos recomendam a prática para que o paciente não fique internado e são feitas as associações respiratórias”.

A fisioterapia também possibilita a reabilitação mais rápida do paciente que está convalescendo em hospitais e também, após a sua alta, na recuperação física plena e da sua respiração.

O fisioterapeuta observa que o número de casos de pacientes com DPOC tem crescido em Campos Novos. “Um dos fatores que interfere muito para este quadro, são os fumantes, devido às toxinas absorvidas pelo cigarro. Campos Novos também é uma cidade cercada pela prática da agricultura, então na época de colheita, temos uma nuvem de pó que chega à cidade, o que vem acarretando muitos problemas respiratórios. O que a gente pode observar é um acréscimo de pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, quadro que se agrava no hospital durante o inverno em função do clima, com as mudanças bruscas de temperatura”, avaliou.

Pacientes crônicos, porém, podem desenvolver crises respiratórias em qualquer estação do ano e a fisioterapia respiratória tem sido uma grande aliada para a recuperação destas pessoas, associada a prática regular de atividade física, conforme orientação.

A prática da atividade física é considerada essencial pelo fisioterapeuta, independentemente da necessidade da fisioterapia. “A atividade física ainda não tem uma cultura no Brasil, devia ser iniciada ainda na infância. Hoje infelizmente a gente tem uma visão de que a educação física é voltada ao desenvolvimento esportivo. A base esportiva não deve ser feita na escola. A escola é feita para um desenvolvimento de coordenação motora e de educação esportiva. Outro agravante é a tecnologia que hoje vem de encontro à atividade física. Antigamente, há cerca de 20 anos, a opção de brincadeiras era bicicleta, jogar bola ou ir á casa de um amigo. Infelizmente agora a tecnologia te aproxima dos amigos via internet e o celular vem de encontro a qualquer atividade física que você queira fazer. As consequências são um maior número de obesos, sedentarismo e automaticamente um acréscimo de doenças respiratórias”, considerou Leonardo Farias Santos.

E com a proximidade do outono, em que as temperaturas variam de forma brusca, a orientação é ter cuidados com a exposição e com a utilização de aquecedores e ar-condicionado, ou seja, evitar sair do ambiente em que os aparelhos estejam funcionando direto para a rua.

Seguir adequadamente o tratamento prescrito pelo médico para a recuperação de gripes, resfriados ou outras complicações respiratórias, também foi recomendado pelo fisioterapeuta.

  • *Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1470 de 16 de março de 2017.

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