Colheita de soja avança e produtor espera produzir mais

Agropecuarista João Debastiani investe mais para aumentar produção, sem perder o foco de integração lavoura/pecuária.

O consórcio lavoura/pecuária necessita de cuidados e para obter a máxima produção de grãos e também de carne, os investimentos são consideráveis. A adoção de práticas de recuperação da eficiência de solo, como boa cobertura para semear os grãos, assim como rotação de culturas e adubação das pastagens de inverno, são necessárias e difundidas na Agropecuária JJD.

De acordo com o agropecuarista João Debastiani, há alguns anos a integração lavoura/pecuária passou por mudanças e a preocupação com a qualidade de solo foi se intensificando para garantir o sucesso nas atividades.

João Debastiani

Nesta colheita de soja, João Debastiani já percebeu a diferença. Na agropecuária foram semeados 1.500 hectares da oleaginosa e já foram colhidos mais de 50% deste total. A expectativa de produção era maior, mas comparando a última safra, há um incremento de produtividade. “A produção está um pouco melhor que no ano passado, esperávamos mais, mas tivemos muitos dias nublados e faltou alguma coisa nas lavouras. Tivemos uma média de 65 sacos/ha no ano passado e nossa meta é atingir os 70 sacos/ha”, destacou João.

Se a média de produção será maior nesta safra, o preço do produto incomoda o agropecuarista. “Com os Estados Unidos da América anunciando que vai plantar 7% a mais, com dólar baixo e a bolsa baixa, o produtor vive uma expectativa. Se for comparar com a safra passada, essa deixa a desejar em preço, principalmente”.

João Debastini reforçou que apesar disso, a colheita é boa. “Não podemos reclamar do ano. A colheita está se desenvolvendo bem e investimos para produzir bem. Temos implantado a Agricultura de Precisão, com correção de solo, para obter um retorno e acreditamos estar no caminho certo”, informou ainda.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Cooperativa Agropecuária Camponovense – Coocam, Silvio Zanon, na Agropecuária JJD, a integração lavoura/pecuária fomenta o desenvolvimento e algumas ações são tomadas para que as duas atividades sejam rentáveis. “A família é pecuarista e quando associamos com a produção de grãos, a gente vê que as médias de produção são muito boas, porque aqui, o solo é utilizado com gado no inverno e produção de grãos no verão. Nós temos adotado medidas para garantir a eficiência nas atividades, com correção de solo, análises de precisão, boa palhada para semear e a rotação de culturas, que garante que doenças de solo não ocorram com intensidade. O produtor João Debastiani está fazendo isso e nós acreditamos que as médias que já são boas, associando o uso das áreas para pecuária, serão ainda melhores com a continuidade do manejo que está sendo realizado”, ressaltou Silvio. Segundo Silvio Zanon, nesta safra, os técnicos da Coocam visualizaram ainda mais a necessidade de rotacionar culturas nas áreas. “Nós percebemos isso e o produtor vai ter que voltar a pensar em milho, não por lucratividade, mas pensando em que na próxima safra, o soja e o feijão terão mais produtividade. Além disso, este manejo é necessário para evitar doenças de solo, porque este ano foi atípico, com uma pressão de doenças de solo e com pouca pressão de doenças foliares, por exemplo. Então a rotação de culturas, manejo antecipado de dessecação, plantar com palhada e como é feito na Agropecuária JJD, que semeia o pasto com adubação, são necessidades para que esta integração lavoura/pecuária ou somente a lavoura traga mais rentabilidade ao produtor”, informou o Engenheiro Agrônomo Silvio Zanon.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição. 1473 de 06 de abril de 2017.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui