Não se Cale!

O último domingo, 24 de setembro marcou o Dia Estadual de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma das faces da violência infanto-juvenil. Uma realidade próxima de todos, que precisa ser denunciada. Em Campos Novos são 18 casos acompanhados pelo Creas, entre eles, 15 de estupro de vulnerável.

Para isso é preciso romper o silêncio para que os órgãos que atuam na rede de proteção possam trabalhar para que a violência cesse e que também sejam recuperados e fortalecidos os laços afetivos e familiares.

Não há como ficar indiferente quando se trata de uma situação de violência sexual contra crianças e adolescentes.  A denúncia é um importante instrumento de intervenção da sociedade no sentido de coibir a prática do abuso ou da exploração sexual. O reconhecimento de situações de violência é importante para que se possa dar o encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou.

Não se deixe enganar. A violência contra crianças e adolescentes está presente em todas as partes do mundo, em diversas classes e culturas. As meninas são as maiores vítimas.  É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.

O sofrimento gerado na criança vítima da violência sexual afeta o desenvolvimento psicológico, escolar, familiar e o convívio em sociedade, bem como, deixa marcas na história de vida e nos traços de personalidade.

Em Santa Catarina, o dia 24 de setembro foi instituído como o dia Estadual de Mobilização contra o Abuso e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil com o objetivo de fortalecer as organizações governamentais, não governamentais e a sociedade em geral, no sentido de cessar o abuso sexual.

É preciso desmistificar o tema, pois a grande maioria das vezes a criança é abusada por alguém próximo dela e da família. A imagem do agressor também é um dado importante a ser analisado, como bem colocou a psicóloga do Creas em reportagem nesta edição, pois o agressor normalmente é alguém acima de qualquer suspeita.

Outra desmistificação que se faz necessária diz respeito ao fato de que a violência não ocorre somente em famílias pobres, de baixo nível cultural. Esta problemática acontece em todas as classes sociais e etnias.

Por isso não se cale! Denuncie!

Por Antônia Claudete Martins – Editora Chefe

*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1498 de 28 de Setembro de 2017.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui