“Janeiro Branco: “Quem cuida da mente, cuida da vida”

Núcleo de Psicólogas de Campos Novos realiza ações da campanha no município.

 A Campanha Janeiro Branco é dedicada a colocar os temas da Saúde Mental e Emocional em máxima evidência no mundo em nome da prevenção ao adoecimento emocional da humanidade. Incentivada por psicólogos, profissionais da saúde e todos os grupos que acreditam na experiência de uma Saúde Mental e Emocional de qualidade, desde então vem se espalhando e levando a toda população mensagens sobre o assunto.

Em Campos Novos o Núcleo de Psicólogas da Associação Empresarial (Acircan), está desenvolvendo ações de sensibilização e promoveu na terça-feira, 16, uma coletiva de imprensa como abertura da campanha. O objetivo é falar sobre Saúde Mental e levar a toda a população a importância do tema. A coletiva contou com a participação das psicólogas Flavia Dorold, coordenadora do Núcleo, Ana Julia Chiochetta, coordenadora da Campanha Janeiro Branco e Dayse Layanne.

Conforme Ana Julia Chiocheta, a Campanha Janeiro Branco foi idealizada pelo Psicólogo Leonardo Abrahão em Minas Gerais, tendo sua primeira edição em 2014. “É uma campanha nova, mas que merece muita atenção. O assunto é pouco discutido pela sociedade e há muito tabu em torno do tema. Hoje a campanha já conta com colaboradores em diversas cidades do Brasil e a cada ano mais pessoas aderem e ajudam. Por esses motivos decidimos falar sobre o assunto por meio do Núcleo de Psicologia”.

Com o slogan “Quem cuida da mente, cuida da vida”, a campanha se propõe a criar uma Cultura da Saúde Mental. A ideia é sensibilizar as mídias, as instituições sociais, públicas e privadas, e os poderes constituídos, públicos e privados, em relação à importância de projetos estratégicos, políticas públicas, recursos financeiros, espaços sociais e iniciativas socioculturais empenhadas(os) em valorizar e em atender as demandas individuais e coletivas , direta ou indiretamente relacionadas aos universos da Saúde Mental.

Ana Julia também destacou a contribuição da psicologia para melhorar a saúde mental. “A sobrecarga emocional e cognitiva da sociedade aumenta a necessidade de contarmos com bons profissionais da área da saúde, ajudando as pessoas na gestão da sua saúde mental. O mundo tem pedido isso e nós psicólogos nos propusemos a atender este chamado. Isso se chama psicoeducação e a nossa campanha nasceu por amor à humanidade, senso de responsabilidade social, de dever profissional e para com a solidariedade humanística”.

Por que janeiro e por que a cor branca?

A psicóloga Dayse Layanne reforçou os objetivos da campanha, que além de efetivar ações efetivas em prol da saúde mental, também aproveita a simbologia do início do ano, um mês que representa o recomeço. “É uma campanha dedicada a convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas. A escolha do mês de janeiro foi estratégica, a virada de ano é um momento em que as pessoas refletem sobre tudo o que fizeram durante o ano e se planejam para o próximo. É um momento introspectivo, em que as pessoas têm a sensação de um novo começo, um novo estilo de vida. Os idealizadores da campanha quiseram aproveitar este clima para que as pessoas comecem o ano também pensando em saúde mental”.

Já o branco é a cor a partir da qual toda outra cor pode aparecer, se destacar, existir e acontecer como um projeto, como uma possibilidade, assim como a partir de uma folha ou um quadro em branco, em que qualquer história pode ser escrita ou reescrita. A cor branca nos possibilita qualquer ideia, qualquer criação, qualquer ousadia, qualquer realização. O Branco possibilita inícios e reinícios, partidas e convites à criatividade. “A campanha janeiro branco pode ajudar o mundo a ser bem melhor”, destacou a psicóloga.

Saúde mental: um estado de bem estar

A coordenadora do Núcleo de Psicólogas, psicóloga Flavia Darold afirma que cuidar da saúde mental e do bem estar de cada um, deve ser um compromisso assumido por todas as pessoas de janeiro a janeiro. “Essa campanha já existe no Brasil e no mundo e nosso convite principal aqui é que de janeiro a janeiro a gente possa levar aos cidadãos de Campos Novos, o quanto é importante cuidar da mente e da vida. Assim como a saúde física, a saúde mental é tão importante quanto, é um estado de bem estar. Cada indivíduo precisa reconhecer suas habilidades, lidar com o estresse do dia a dia e também poder trabalhar e contribuir com a comunidade”.

Porém, com o ritmo acelerado vivenciado por muitos indivíduos desenvolvem transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão, que necessitam de diagnóstico e tratamento adequados. Para quem quer ter uma saúde mental em dia, Flavia deixou algumas dicas. “Cuidar de si é muito importante, que possamos desenvolver atividades que nos deem prazer, conhecer e conectar nossas emoções também é fundamental e valorizar as pequenas conquistas, estabelecendo metas e mudanças que sejam realistas. Resumindo tudo, cuidar do nosso corpo, da nossa mente e das nossas emoções”.

Além de levar os objetivos da campanha por meio da mídia local, o Núcleo confeccionou 50 cata-ventos, a serem entregues a pessoas e instituições. “O cata-vento simboliza muito movimento, então para obtermos saúde mental e promover mudanças, precisamos nos movimentar. Então quem estiver lendo que pense em qual parte da sua vida este movimento é necessário”, ressaltou a coordenadora do Núcleo.

Cada cata-vento contém uma frase. O que foi entregue a reportagem do Jornal O Celeiro diz: “Quem cuida da mente, cuida da humanidade”.

Sobre o Núcleo

O Núcleo de Psicólogas da Acircan foi fundado em 2013 e tem como principal objetivo fortalecer a classe dos psicólogos, com reconhecimento da administração local, como do Conselho Regional de Psicologia da AMPLASC. A mais recente conquista é a participação do Fórum das Entidades da Psicologia Catarinense (Fepsic).

O Núcleo desenvolve campanhas de prevenção em planejamento anual, cursos da área e áreas afins e rodas de conversas junto com o Conselho Regional de Psicologia. 19 profissionais já passaram pelo Núcleo que em 2018 conta com a participação de cinco psicólogas.

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