Presidente da Aurora faz coletiva para explicar crise

Empresa teve prejuízo de R$ 60 milhões nos últimos quatro meses

Na tarde desta quinta-feira (17) o presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, em coletiva de imprensa afirmou que as indústrias de frango no Brasil estão operando no vermelho. A crise se instalou desde a deflagração da Operação Carne Fraca da Policia Federal. O prejuízo chegou a R$60 milhões nos quatro primeiros meses, segundo balanço da Cooperativa.

A cooperativa anunciou que dará férias coletivas na unidade Abelardo Luz e na unidade de Guatambu com o objetivo de paralisar parte das produções, minimizando as perdas e reduzindo o abate de 10% durante o período. Na próxima segunda-feira (21) a Aurora decidirá se outra unidade irá parar de funcionar e qual planta de produção será escolhida. A expectativa é de que mais 1.500 funcionários entrem em férias coletivas. Lanznaster não descarta a possibilidade de paralisar uma quarta planta, mas diz que essa decisão só acontecerá se a crise persistir.

A crise no frango tem gerado perdas de, aproximadamente, R$ 21 milhões por mês para a cooperativa. Isso equivale a um prejuízo de R$ 1 por cabeça de frango.  Mesmo com o prejuízo, a Aurora descarta a possibilidade de demissões. O déficit da Aurora só não é maior porque os mercados de leite e de suínos apresentam resultados positivos.

“Nossa imagem lá fora está muito feia”, afirmou o presidente. Ele critica as operações da Polícia Federal e diz que o Brasil precisa reconquistar o status de qualidade de alimentos que tinha antes da Carne Fraca. “Foi um exagero”, diz. Atualmente, a União Europeia impõe embargos aos frigoríficos brasileiros. Em abril, Santa Catarina teve uma retração nas exportações de frango de quase 30%.

Mário Lanznaster está otimista com a abertura do mercado russo para a semana que vem. O ministro adjunto da Agricultura, Eumar Roberto Novacki, esteve no Oeste durante o mês de maio e disse que, devido à Copa do Mundo e consequente aumento do consumo de carnes, a Rússia deve reabrir as portas para o frango catarinense. As exportações devem levar uma boa parte do produto que hoje está inundando o mercado interno.

Informações RCN

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