Em tempo de crise, prefeita Milena se esforça em trabalhar mesmo com poucos recursos
A prefeita de Vargem, Milena Becher, em entrevista ao jornal O Celeiro desabafou sua insatisfação e preocupação com relação a crise financeira que se alojou no pais, e que tem refletido principalmente nos municípios pequenos, como é o caso de Vargem. Segundo Milena, o desejo e dever de ajudar a população tem feito com que a administração municipal abrace responsabilidades que deveriam ser da União e do Estado. “É no município que o cidadão bate na porta, não é na porta do governador ou do presidente”, diz, afirmando que a administração tem feito muito, e com menos recursos. “Para gente atender as demandas, principalmente na área da saúde nós assumimos a responsabilidade tendo um custo maior que não é do município, e neste sentido a conta não fecha, arrecadamos menos e gastamos mais. É uma situação difícil porque a arrecadação vem caindo a cada mês”, desabafa.
Milena também faz parte do Conselho Deliberativo da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e junto à entidade a prefeita tem buscado defender as causas municipalistas, dentre elas a superação da crise financeira que se agravou ainda mais depois da paralisação dos caminhoneiros, que aconteceu em julho e durou onze dias, diminuindo a arrecadação dos cofres públicos. “Nós queremos defender os interesses da população, mas é complicado, porque o município tem tido muitos gastos. De R$ 100,00 que produzimos somente R$ 18,00 volta para Vargem, os R$ 92,00 fica no estado e na União”, salienta Milena.
A prefeita também comentou sobre a cobrança da hora máquina, assunto que tem sido questionado. O motivo da cobrança se deu em virtude de lei que prevê essa cobrança e não há um meio de renunciar essa receita, pois se isso acontecer a administração corre o risco de ser penalizada. Milena relata o aumento na Unidade Fiscal de Referencia (Ufir) que regula e corrige o valor dos impostos no Brasil. “A justiça diz que a Ufir está a muito tempo sem ser reajustada, e nós devemos cumprir mais esta lei para que não sejamos penalizados lá na frente. Queremos fazer as coisas corretamente”, diz
Mas muito tem sido feito para economizar e para cortar os gastos do município. Desde o período de paralisação dos caminhoneiros, a administração municipal passou a funcionar em meio período, apenas as secretarias de saúde, educação e assistência social estão funcionando em horário integral. A secretaria de Obras também esta funcionando, mas somente para a realização de obras mais pontuais. O trabalho em meio período permitiu a prefeitura economizar em energia elétrica, materiais, e em questões burocráticas que envolvem recursos. Além disso, a administração municipal está investindo em tecnologia para facilitar a emissão de nota fiscal eletrônica, livro eletrônico. Um sistema de computadores de alta precisão tem ajudado na comunicação e interação entre os diversos setores da prefeitura, contribuindo para que a administração trabalhe de forma mais ágil e efetiva.
Outro projeto da administração para lidar com a crise é a criação de um projeto de lei, que ainda esta em processo de montagem, que visa incentivar o pequeno agricultor e incentiva-los a retirar sua nota fiscal no valor integral, fazendo com que os recursos voltem para o município e a administração possa devolver em forma de serviço. Durante este período a Prefeitura realizou um levantamento dos gastos do município e percebeu que 30% dos recursos públicos ficam dentro do município e 70% vão para empresas de fora que ganham a licitação e levam os recursos do município. “Não temos lei que nos ampare para reverter essa situação, estamos criando leis para favorecer o comercio local e estimularmos o empreendedorismo e para que novas pessoas e os cidadãos vargenses possam ter seu próprio negocio e vender para a prefeitura. É o primeiro passo para fazer de forma legal o que pretendemos que fazer a economia girar aqui dentro e fazer as pessoas terem mais oportunidades de emprego e renda”, relata Milena, afirmando que esta buscando parcerias com o SEBRAE para fomentar e estimular o processo de desenvolvimento da economia. E para agir de modo transparente a administração ria disponibilizar os processos licitatórios no Diário Oficial dos municípios para que todos possam ter acesso.
Na entrevista Milena mencionou a participação que teve na audiência do secretário de estado de saúde para tratar da divida pública do estado com o município que já passa de R$ 1,500 bilhões. A Comissão Intergestora Bipartide (CIB), composta pelos secretários municipais de saúde, decidiu que seria melhor o estado se manter em dia deste ano para frente do que pagar a divida atrasada. Por ser uma conta antiga o estado não consegue pagar tudo, mas o repasse deste ano esta sendo feito. Um dos recursos vinculados é de R$0,30 centavos por pessoa, mas como não há previsão de pagamento o estado oferece as cirurgias eletivas para compensar e facilitar a execução de algumas cirurgias. Porém, entre tantos problemas, Milena pode comemorar as cirurgias que foram feitas através da administração municipal. “Graças ao empenho da administração e da Secretaria de Saúde conseguimos zerar muitas filas que tinham pessoas esperando a anos, e todas foram pagas via consorcio pela Administração Municipal de Vargem”, conclui.
Copa Rádio Cultura de Futsal “Taça Victor Eduardo Machado”
Começou no dia (11) a Copa Rádio Cultura de Futsal “Taça Victor Eduardo Machado”, que vai até o dia 22 de setembro, considerada a maior competição de categorias de base da região.
Com a realização da Secretaria de Esporte e Lazer e a parceria da Rádio Cultura e apoio da Liga Camponovense de Futebol, são mais de 860 atletas participantes, sendo 62 equipes masculinas e 10 equipes femininas.
O Município de Vargem está participando com 6 equipes, na categoria masculino sendo um time sub 11, sub 13, sub 15, e sub 17, e na categoria feminino participam com o sub 13 e sub 17.
De acordo com o Secrtário de Esportes José Fonseca, “Dedo” “Acredito que nós estamos com ótimos atletas que inicaram o seu trabalho na escolina mantida pela secretaria, agora ver es atletas participando de um evento como esse é o resultado do apoio e incentivo do municipio ao esporte e a cidadania”, finaliza. A escolinha de futsal do municipio trabalha com 150 alunos inscritos e dois professores formados que atendem a jovens e crianças de todas as idades diáriamente. O objetivo é implantar no prtóximo ano outras modalidades como Vôlei, Basquete e Handebol.
*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1543 23 de Agosto de 2018.