AA de Campos Novos está de portas abertas para ajudar alcoolistas

Há mais de 40 anos atuando no município, entidade já ajudou muitas pessoas a se livrar do vicio

Osório Gomes de Campos

O alcoolismo é uma doença crônica caracterizada pela vontade incontrolável de beber, falta de controle na hora de parar a ingestão e pela tolerância ao álcool, ou seja, o alcoólatra, ou alcoolista, como alguns preferem chamar, se torna dependente do uso da substância. Em caso de abstinência, a pessoa pode ter sintomas físicos e psíquicos. Apesar de o uso do álcool ser comum e aceito, o uso abusivo pode afetar e causar problemas sérios no âmbito social, no trabalho e na família. A pessoa afetada pela doença pode aos poucos deixar de cumprir com suas responsabilidades, e em casos extremos o doente pode até ser demitido do emprego. Além dessas consequências, o uso indevido do álcool pode gerar problemas sérios na família, gerando conflitos, discussões e violência, em alguns casos pode culminar até mesmo em divórcio. O alcoolismo é um problema sério, e o alcoolista precisa se conscientizar de que possui o problema e deve procurar ajuda. A comunidade Alcoólicos Anônimos, o AA, surge como um apoiador daqueles que querem se livrar do vício e desejam permanecer sóbrios.

Em campos Novos o AA já existe há 44 anos e neste período já ajudou inúmeras pessoas a se livrar do vício no álcool. O convívio com pessoas que tem o mesmo problema torna o AA um centro de apoio em que os membros entendem um ao outro e sabem como a luta para abandonar o hábito é difícil. Apesar de ser uma sociedade em que permite o anonimato, seu Osório Gomes de Campos, faz questão se apresentar como um membro do AA. Pertencente a comunidade há 10 anos, ele afirma que se não tivesse mudado de vida ele provavelmente não teria sobrevivido. “Em 1978 o grupo me acolheu e sou muito grato por isso. Eu bebia muito antes, e hoje estou 40 anos sem beber”, comemora. Seu Osório também agradece o apoio que recebeu e o ajudou a ser bem sucedido em sua luta para parar de beber.

Atualmente a comunidade tem cerca de 20 membros que se reúnem nas segundas-feiras no grupo Santa Júlia Billard. O AA está aberto para receber qualquer pessoa que sofre com o alcoolismo, e as reuniões podem ser assistidas mesmo por quem não é membro da irmandade. No entanto, a partir do momento que a pessoa decide se tornar um membro efetivo do AA ela assume o compromisso não apenas de participar dos encontros, mas também se compromete a se abster de bebidas alcoólicas. “Existem pessoas que assistem as reuniões esporadicamente, elas podem ficar a vontade. Mas quem é membro tem o compromisso com a entidade e consigo mesmo”, explica Osório.

Como forma de incentivo, a irmandade faz a entrega de medalhas de valor simbólico para quem consegue completar um ano de sobriedade. O AA faz questão de manter seus membros e está sempre de portas abertas para receber os novos que precisam de ajuda. Mas, além desse trabalho feito pelo AA, Osório destaca o papel da família em prestar apoio ao doente, e podem fazer isso por promoverem um ambiente de paz e colaboração, dispostos a darem o suporte emocional necessário. Apesar de não oferecerem tratamentos psicológico, a comunidade indica um atendimento mais completo para quem realmente precisa. O direcionamento certo dado ao alcoolista pode ser eficaz na busca por uma vida mais saudável e livre do vício.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1547 de 20 de Setembro de 2018.

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