Jornal O Celeiro, continua nesta semana com a sequência de matérias especiais sobre o mês rosa.
Outubro é um mês de cuidados da saúde da mulher por chamar a atenção para a prevenção do câncer de mama e colo de útero entre outras doenças previníveis. O diagnóstico precoce destas doenças e fundamental para a tratamento de doenças que atingem milhões de mulheres anualmente.
Pensando nisso o jornal “O Celeiro” produziu e está ainda produzindo esta série de reportagens especiais para o mês rosa, na primeira semana o jornal abordou as “Mulheres x Câncer de Mama: Uma luta pela vida”, na segunda semana “Ações de Saúde voltadas ao rastreamento do Câncer”, e nesta semana abordaremos os exames laboratoriais e os cuidados das mulheres na “Prevenção”.
Porém não é só no mês de outubro que esse cuidado deve fazer parte da rotina das mulheres como explica a Bioquímica do Laboratório Gavazzoni Bruna Franchini Bermudes e a Enfermeira Beatriz Cadore. “O Outubro Rosa é um movimento para chamar a atenção das mulheres, mas não só neste mês que precisam fazer exames, os cuidados e a atenção com o corpo deve ocorrer o ano todo. A mulher precisa conhecer o seu corpo, se tocar, tocar as mamas, os órgãos genitais principalmente na hora do banho ela já está fazendo um autoexame e caso encontre alguma anormalidade fica mais fácil de procurar um médico”, comenta Beatriz falando que hoje ainda existe muito preconceito, muitos mitos que as mulheres carregam e devem ser desmistificado.
Detectada alguma anormalidade procurar um médico é o próximo passo para avaliação e possivelmente a solicitação de exames detalhados, incluindo os exames laboratoriais. “Nós do laboratório Gavazzoni prezamos muito pela qualidade dos resultados e a solicitação dos exames pelo profissional da saúde é essencial, nós temos o maior cuidado com relação a isso” comenta Bruna.
Importância do preventivo e demais exames e vacinas
Beatriz enfatiza que o exame do preventivo é um exame para detectar possíveis células anormais. “Muitas vezes a mulher procura a unidade de saúde ou o laboratório para colher o preventivo quando ela apresenta algum corrimento ou secreção vaginal e esse não é o momento correto para a realização do exame por apresentar fatores que podem alterar o resultado do exame. A mulher tem naturalmente na flora vaginal fungos e bactérias que habita a região, e hábitos sedentários , cigarro doenças como diabetes ,hipertensão entre outros fatores além das doenças sexualmente transmissíveis pode ocorrer corrimento vaginal, porém estes sintomas e sinais faz com que as mulheres procurem realizar o preventivo , porém não é o correto”, destaca.
O preventivo deve ser feito uma vez ao ano, caso necessário é solicitado pelo médico deve ser repetido com maior frequência. “Devido a grande incidência de câncer de colo de útero e mama é fundamental a mulher realizar anualmente o preventivo e junto a ele já solicitar ao profissional que está colhendo o material para que realize o exame de mama.
Vacinas contra o HPV
HPV é a sigla de papilomavírus humano. É um vírus comum, calcula-se que entre 75% a 80% da população adquira um ou mais tipos de HPV em algum momento da vida. A infecção afeta as áreas genitais de ambos os sexos , exemplo verrugas genitais ,câncer de colo de útero,vagina,vulva,ânus e pênis. Além disso pode provocar tumores de garganta. A transmissão ocorre por contato direto com a pele infectada e é altamente contagioso.
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Nos últimos anos o Ministério da Saúde incluiu no Programa Nacional de Vacinação a vacina contra o HPV para as meninas de 9 aos 14 anos e meninos de 11 aos 14 anos. Aqui no laboratório temos a Vacina quadrivalente para mulheres e homens na faixa etária de 9 aos 45 anos bem como os exames laboratoriais para detectar estas doenças sexualmente transmissíveis. A vacina contra o HPV tem como função prevenir doenças causadas pelos vírus 6,11 16 e 18, a vacina auxilia o corpo produzir os anticorpos necessários para combater especificamente estes vírus. A vacina é um meio seguro de proteção oferecido na Rede Privada e pública.
A implementação da vacinação gera um resultado de proteção a longo prazo, de acordo com Beatriz a vacinação não influencia a atividade sexual precocemente quando este assunto for discutido em casa pela família, na escola e na sociedade e os pais devem participar desse processo. “O objetivo do Ministério da Saúde com a implementação da vacinação do HPV na rede pública é começar a detectar o câncer de colo de útero causada pelo HPV, é preferível vacinar do que tratar um câncer”, comenta Beatriz enfatizando que é cada vez mais comum registros de câncer em mulheres jovens.
São muitas as doenças que podem ser detectadas com outros tipos de exames. “A informação é o ponto chave, conhecer seu corpo, e sempre que tiver dúvidas procurar um profissional médico ou enfermeiro para esclarecer suas dúvidas. A saúde pública hoje está acessível e os cuidados devem ser necessários diariamente, Beatriz diz “somos profissionais e podemos ajudar esclarecer dúvidas” , preconceito não está com nada, todo mundo corre o risco de contrair uma doença e precisa procurar profissionais para auxiliar nisso”, finaliza.
*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1551 de 18 de Outubro de 2018.
