Unidades escolares que matricularem alunos com carteiras de vacinação desatualizadas serão notificadas
Com a aproximação do fim do ano letivo, muitos pais talvez já estejam preocupados com as matriculas e rematrículas dos filhos. Recentemente o jornal O Celeiro publicou matéria que apresentava o período dos processos de matrículas e documentação necessária, e agora mais um documento deve ser acrescentado a lista: a carteira da vacinação atualizada. A exigência cumpre o que preconiza o Ministério da Saúde de que todas as crianças e adolescentes estejam devidamente imunizados, para que todos estejam protegidos de doenças virais. As escolas que não cumprirem esta determinação e matricularem alunos sem caderneta ou com as vacinas desatualizadas serão notificadas, pois a Secretaria de Saúde observa essa ação como uma questão de saúde pública.
Nos últimos meses o Brasil enfrentou uma forte ameaça do retorno de algumas doenças, antes erradicadas, o alerta se deu em virtude de muitos pais não vacinarem seus filhos nos períodos de campanha. Somado a isso, grupos advindos de outros países migraram para o Brasil aumentado o risco de epidemia de algumas enfermidades. Doenças como varicela, poliomielite, pneumonia, meningite, que são de facilmente transmissão. O ambiente escolar favorece a transmissão de vírus, pois as crianças estão alojadas em um espaço pequeno e estão sempre trocando objetos, no caso de uma criança que esteja acometida com a doença a chance do vírus se espalhar para outras crianças é bem alta, por isso é importante que todas elas estejam com as vacinas em dias. Como os pais são os responsáveis por elas, eles devem ter a consciência da importância da imunização.
De acordo com os últimos dados da Secretaria de Vigilância do Governo Federal foram percebidos que muitos pais estão negligenciando os cuidados com os filhos no que diz respeito a vacinação. O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, e o Estado de Saúde de Santa Catarina reformularam algumas leis, e ficou estabelecido que a não vacinação é considerado crime e violência contra a criança. Os pais que deixaam de vacinar estão expondo seus filhos e outras crianças a doenças, além de estarem cometendo um crime contra a saúde da criança e um crime de saúde pública. O enfermeiro Kleber Siqueira, alerta sobre a importância e necessidade de se proteger contra doenças. “A vacina é uma proteção para que a criança não seja dizimada por algum tipo de doença. Os pais devem ser orientados sobre os benefícios da vacina. Na escola a disseminação de doenças é mais fácil e mais rápida. Se uma criança se infectar ela vai passar para outras tornado aquelas outras crianças multiplicadoras”, afirma. Em casos de grande negligencia os pais podem ser encaminhados para o Conselho Tutelar, Vara da Infância e até ao Ministério Público.
Em Campos Novos temos três Unidades de saúde que possuem salas de vacina: no Posto Bom Jesus, no bairro Aparecida e no PAM. Em alguns momentos o Ministério abre campanhas nacionais de atualização de caderneta, este ano já aconteceu uma campanha emergencial contra a pólio e varicela, mas as salas de vacinas funcionam durante toda a semana ofertando vacinas para a comunidade. Portanto, com a aproximação das matriculas e rematrículas os pais devem procurar a unidade mais próximas e colocar em dias as vacinas dos filhos. No caso dos que já estão em dias não devem esquecer de apresenta-las no ato da matrícula.
Campanha de suplementação da Vitamina A
A Secretaria de saúde irá realizar no próximo sábado (10) campanha de suplementação da vitamina A para crianças de 6 meses a 5 anos. A campanha acontecerá em todas as unidades de saúde de 8h as 11h e de 13h as 16h. A vitamina A é uma suplementação importante para prevenção de doenças da visão, como baixa acuidade visual, pois ela produz proteínas que protegem o olho, além de fortalecer a imunidade das crianças. A campanha é destinada a crianças de 06 meses à 5 anos, porque acredita-se que a partir dos 6 anos de idade as crianças já começam a ingerir alimentos que possuam esta vitamina. A Vitamina A é oferecida em duas doses ao ano.
*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1554 de 08 de Novembro de 2018.