Campos Novos sedia Fórum Mais Milho

O projeto tem como meta discutir a importância e os pilares da cadeia do milho

O município de Campos Novos durante o decorrer desta semana ofereceu um grande leque de conhecimento na área do agronegócio. Quem compareceu ao Dia de Campo da Copercampos também pôde conferir o Fórum Mais Milho que aconteceu nas dependências do Campo Demonstrativo da cooperativa. Este projeto está em sua segunda temporada, e Campos Novos sediou o segundo evento da edição 2018/2019. Personalidades políticas e empresariais estiveram presentes para discutir e fomentar a cultura de milho no estado. Participaram da bancada inicial a vice-governadora, Daniela Reinehr, o secretário de estado da agricultura e pesca, Ricardo Gouveia, o prefeito de Campos Novos, Silvio Alexandre Zancanaro, e o presidente da Copercampos, Luis Carlos Chiocca. Com transmissão ao vivo pelo Canal Rural, as discussões e palestras abordaram os desafios, tecnologias e competitividade do setor.

O presidente Chiocca declarou que tinha várias ideias com relação a assunto, uma delas é a criação de uma bolsa de comercialização do milho para que este tenha mais liquidez para que a cultura seja mais atraente os produtores. “O que acontece hoje? Se planta e não pode vender antecipadamente, como acontece com a soja. As agroindústrias não pagam, não fixam o preço, não tem uma bolsa que tenha liquidez para garantir a comercialização. Na soja pode vender a produção para 2020, 2021, isso é liquidez do negócio. O produtor quer segurança, e o milho não dá essa segurança para o produtor. Temos que pensar nisso. Temos que pensar na proteção do preço para o agricultor. É essa é nossa ideia no Mais Milho para que as autoridades pensem mais nesse sentido”, pontuou. A vice-governadora, Daniela Reinehr, também ressaltou a importância do evento e do incentivo e importância de investir na cultura do milho.

O primeiro painel apresentado teve como tema: Cereais de Inverno para ração Animal: os desafios do aumento da produtividade de trigo, triticale e cevada para trazer renda ao produtor e sustentabilidade à produção de proteína animal em Santa Catarina. A primeira palestra foi ministrada pelo pesquisador da Embrapa, Eduardo Caierao, que falou sobre o seguinte tema: ‘Tecnologia: Saiba como colher 6 toneladas de cereais de inverno por hectare’. O moderador do primeiro painel foi o engenheiro agrônomo, Airton Spies. Os debatedores foram: Gustavo Lima, Pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Fabiana Schmidt, pesquisadora da Epagri e João Carlos Di Domenico, presidente Cooperativa Agropecuária Camponovense.

O segundo painel teve como tema: Maior produtividade e Logística Eficiente: Os dois pilares para abastecimento de milho a custo competitivo em Santa Catarina. O palestrante Haroldo Tavares Elias, analista de pesquisa da Epagri, falou sobre o tema: ‘Milho: Estratégias para elevar a produtividade média para 10 toneladas até 2021’. Flávio Berté, coordenador adjunto do Núcleo Estadual Faixa da Fronteira de santa Catarina foi o segundo palestrante deste painel e abordou o tema ‘Infraestrutura: O que falta para a rota do milho de Santa Catarina se tornar realidade?’, este segundo painel foi moderado pelo vice-presidente da Abramilho, Glauber Silveira, e teve como debatedores: Luiz Carlos Chiocca , presidente da Copercampos, Edoard Schaffrath, prefeito de Naranjal, Paraguai, Cláudio Post, presidente da FECOAGRO e da Auriverde Cooperativa Regional, Ramón Ortellado, secretário executivo do Bloco Regional de Prefeitos Intendentes Alcaldes e Empresários do Mercosul (BRIPAEM).

Representatividade

O presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), também vice-presidente da Fecoagro/SC, João Carlos Di Domenico, foi um dos debatedores do Painel 1 e falou sobre cereais de inverno para ração animal – assunto debatido em muitas reuniões no ano passado, entre lideranças do setor produtivo de Santa Catarina. Durante o Fórum ele sugeriu que, para os próximos eventos sejam convidado representantes do Sindcarnes e do Sindirações. “Nossa conversa, desde a primeira reunião evoluiu muito. Com esses debates, pudemos perceber que o trigo é um cereal melhor que o milho para fazer ração e podia agregar muito valor na produção de ração animal”.

Na opinião de João Carlos é preciso mais pesquisas para melhorar a produtividade dos cereais de inverno. “É lógico que tem muitas contas à serem feitas, uma delas é a condição de programas de incentivos para que o produtor plante cereais para o uso na alimentação animal, assim já pouparia o dinheiro usado na cobertura de solo. É preciso levar em consideração o sistema inteiro da fazenda para assim, viabilizarmos o projeto. João Carlos acredita que todo o estudo e troca de ideias sobre o uso de cereais de inverno na alimentação animal só dará certo se haver parcerias entre produtores e as agroindústrias

Em 2017, durante o Fórum Mais Milho – em Chapecó, João Carlos Di Domenico e outras lideranças do setor do agronegócio, já discutiam o equilíbrio entre a oferta e a demanda do grão no Sul do país. O camponovense também representou Santa Catarina no Fórum sobre Gestão de Estoques e Políticas para Armazenagem.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição, 1567 de 28 de Fevereiro de 2018.

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