Porque cumprimos as Leis?

Cumprimos as leis porque elas são importantes. Porque elas favorecem a ordem. Porque as leis protegem o cidadão. Cumprimos as leis porque temos medo das consequências! Cada um sabe suas motivações ao cumprir ou descumprir leis.

Se não existissem leis que regessem o trânsito, não exigissem impostos, não proibissem o furto, o uso de drogas, a violência, como a humanidade se comportaria? Ou melhor, se elas existissem, mas não fossem acompanhadas das penalizações, será que a humanidade as respeitaria? Alguém se distraiu e deixou um moderno e caro celular de lado, minha esposa me irritou bastante, a minha conta de energia veio um absurdo! O que fazer? Pegar o celular da moça distraída. Espancar minha esposa. Fazer uma ligação clandestina (o famoso gato) de energia. São alternativas, já que não há punição para isso. Mas o que nossa consciência nos induziria a fazer?

A reflexão sobre o assunto surgiu devido a um projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores para a criação de lei que multará cidadãos que jogarem lixo na rua. A punição é vista como meio de incentivo. Infelizmente, este tem sido um meio de induzir o acato a lei e promover um bem social e ao meio ambiente. Dizemos infeliz porque não deveria existir ‘pressão’ ou ‘ameaça’ para induzir as pessoas a fazer o que é correto e benéfico para o ser humano.

Todas as esferas do mundo possuem uma lista infindável de leis que rege cada ação que pode ou não ser tomada. Vivemos norteados por leis, regras e regimentos internos na sociedade, na política, no local de trabalho. Para tudo tem uma ordem e uma consequência. Mas, pelo visto, nem todas eficazes. Porque basta ter uma brecha que damos ‘um jeitinho’ de fazer as coisas às escuras. Basta observar os escândalos de corrupção vivido no Brasil. As leis e, principalmente as punições previstas, não foram suficientes para impedir isso?

Porque lei para impedir que os homens agridam mulheres, quando eles deveriam ter em sua essência o respeito por elas? Porque leis contra o crime e corrupção, quando todos deveriam ter em mente o amor ao próximo? O que falta para uma conscientização interna sobre a importância de agir com cidadania, respeito e afeto pelo próximo e pela natureza: Novas leis ou uma nova consciência regida pela empatia e pelo amor? É, tem alguma coisa errada com o ser humano.

Por: Priscila Nascimento
Jornalista

*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1573 de 11 de Abril de 2018.

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