Campanha Nacional destaca a importância da cobertura vacinal no país

São Paulo, 23 de abril de 2007 Campanha de vacinação do idoso contra a gripe. foto Milton Michida.

Falta de imunização pode levar Brasil a perder certificações de país erradicado

No dia 4 de maio aconteceu mais um Dia D de vacinação, campanha que aconteceu em todo o Brasil. Neste único dia cerca de 5,5 milhões de pessoas foram alcançadas com a vacina contra a gripe. O número impulsionou para 45% (26,9 milhões de pessoas) a cobertura do público-alvo da campanha, formado por pessoas consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de 41 mil postos de saúde no país abriram as portas para receber a população. Desta vez a campanha é contra a gripe, mas é importante ressaltar que todas as vacinas disponíveis são essenciais para promoção e defesa da saúde. Infelizmente o Brasil perdeu a certificação da Organização de Saúde como País erradicado do sarampo, devido ao ressurgimento de alguns casos da doença recentemente. Há anos o Brasil conseguiu se livrar da doença, mas essa situação mudou. Agora o país está em estado de alerta contra a Poliomielite, os esquemas de defesa estão sendo promovidos pelas secretarias de saúde para fechar o cerca contra a doença, mas a população precisa fazer sua parte. Estarmos há anos sem registros da doença não é garantia que ela não irá retornar.

As vacinas foram o resultado de muitos anos de estudos e significaram um grande avanço na medicina como forma de imunizar as pessoas contra doenças específicas. Além de serem benéficas a saúde, muitas delas são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Campanha do Ministério da Saúde, em pareceria com as Secretarias de Saúde, voltada para a proteção da gripe teve início no dia 22 de abril e continua nas próximas três semanas. A população prioritária que ainda não procurou os postos de vacinação, têm até o dia 31 de maio para se proteger contra três os subtipos graves da influenza, a H1N1; a H3N2 e a influenza B. A população prioritária da campanha são: as puérperas, os idosos, as gestantes, crianças e os indígenas, militares, trabalhadores de saúde, professores, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades.

Os estados com maior cobertura até o momento são: Amazonas (88,8%), Paraná (38,8%), Amapá (72,65%), Espírito Santo (58%), Alagoas (32,2%), Rondônia (54,8%). Já os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (28,11%) Pará (31,9%), Roraima (34,2%) e Acre (35,2%). Em todo o país, a campanha permanece com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e com a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação.

O município de Campos Novos segue o calendário vacinal nacional, portanto a Campanha de vacinação segue até o dia 31 nas três Unidades de Saúde que possuem sala de vacina: No PAM, na USF Bom Jesus e na USF do bairro Aparecida. O enfermeiro Kleber Siqueira comentou que, em reunião realizada na regional de Saúde em Joaçaba, verificou-se que está havendo um problema em relação a aceitação da vacina, o que os leva a reforçar as mobilizações para conscientizar a população sobre a importância da vacinação. “Temos recursos, mas as pessoas não estão procurando se vacinar, e por isso elas estão se expondo a situação de risco”, afirmou. O enfermeiro também comentou algumas das ações realizadas nos municípios pra alertar e incentivar a população a encarar com seriedade essa questão. “Estamos fazendo um esquema articulado com os Programa Saúde nas Escolas para levar aos alunos palestras instrutivas sobre o tema da vacinação”, relatou. Para as pessoas que moram na zona rural foi feito um cronograma para receber a visita de técnicos nas comunidades para realização de vacinas.

As campanhas de vacinação são eventos que precisam ser constantes em virtude de dois fatores: primeiro, o Brasil recebe uma quantidade muito grande de pessoas de fora e, segundo, porque a taxa de natalidade e expectativa de vida vem aumentando. Quando aumenta a expectativa de vida há um aglomerado maior de pessoas e, consequentemente, os riscos de disseminação de doenças aumentam, e só é possível evitar essas doenças por meio de ações de saúde e imunização. Aumentar o conhecimento sobre esses fatos devem levar a população a ter mais cuidado com a saúde, e todos podem contribuir com isso por irem ao médico, no mínimo, uma vez ao ano, buscarem qualidade de vida, realizarem atividades físicas, se alimentarem bem e receberem as vacinações devidas como forma de prevenção.

Raiva

Após 38 anos, Santa Catarina registra o primeiro caso confirmado de morte por raiva humana. A paciente era uma mulher de 58 anos, que foi mordida por um gato em 24 de fevereiro, começou a sentir os sintomas em 15 de março e veio a óbito no dia 4 deste mês. A raiva é uma doença infecciosa viral aguda transmitida aos humanos pela saliva de animais infectados, principalmente através de mordidas.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) explica que se alguém for mordido por algum animal ele deverá procurar uma Unidade de Saúde. Kleber explica que a vacina deverá ser feita se ocorrer o contato com o animal. Será feito um ciclo de duas doses da vacinação e administrado mais a imunoglobulina, que são os anticorpos prontos dentro do organismo para defender o organismo no caso de haver uma manifestação viral. A vacina animal é a prioridade, pois os animais são principais portadores do desenvolvimento viral. O ciclo de vida da raiva começa principalmente no animal. A vacinação de todos os cães e gatos é a forma mais eficaz de proteção contra a doença.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1578 de 16 de maio de 2019.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui