Botulismo em cães

Alexandra Niec

O botulismo é uma doença muito grave, relacionada com a ingestão de carne de animais mortos, restos de lixo, ossos enterrados, terra com matéria orgânica e carniça, carne crua, açudes em propriedades rurais, poças d’água em contato com o lixo, comidas enlatadas.

Nossa região e bastante acometida devido à extensa área rural e o costume de carneio, os animais enterram as carcaças.

Os sintomas pode ter inicio súbito (agudo) ou sub agudo dentro de algumas horas a seis dias depois do animal comer esses restos contaminados com a bactéria Clostridium Botulinum ou mesmo somente com a toxica produzida por elas. Esta neurotoxina provoca fraqueza muscular que se inicia com as patas traseiras subindo para os braços e pescoço a presentando então a paralisia flácida dos membros ( as patas ficam moles ). Dificuldade respiratória por paralisia do diafragma é menos comum, mas pode acontecer. Outro sinal muito comum é a paralisia das pálpebras, quando o animal não consegue piscar os olhos. O que nunca paralisa é a cauda ( Rabo ).

Na maioria dos casos a identificação é difícil, pois é necessário que se realize o teste de neutralização em camundongos para sua confirmação, o que nem sempre é possível. Além disso, o botulismo pode ser confundido com raiva, doença do carrapato, miastenia grave entre outras doenças de neurônio motor inferior.

A melhor opção é a prevenção já que ainda não existe vacina para prevenir a doença, como ter cuidado com passeios em locais onde há lixo, poças de água e lugares onde há alimentos em processo de decomposição e animais mortos.

O tratamento varia de acordo com a gravidade e a eleição do médico veterinário que irá atender. Nos casos que o animal está apto ao tratamento um forte aliado é a fisioterapia veterinária, visa combater as atrofias musculares com tratamentos de fortalecimento muscular, melhora de flexibilidade e retomada da qualidade de vida.

Por: Alexandra Niec
Médica Veretinária – CRMV/SC 5056
Veterinária da Clínica Bicho Mania

*Coluna, “Cuidado com Pets”, publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1585 de 04 de Julho de 2019.

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