Atendimento por classificação de risco tem gerado mal-entendidos entre os pacientes

Diretor do Hospital diz que hospital está estruturado para receber aqueles que tem risco de vida

Você é o primeiro a chegar em um estabelecimento, mas, de repente, alguém que chega depois de você é atendido na sua frente. Qual seria seu sentimento? De indignação, provavelmente. Este talvez seja o sentimento que você teria na fila de um banco ou na fila do cinema. Porém, se quando se trata de saúde, a ordem de chegada nem sempre vai importar. Com este pensamento, a diretoria do Hospital Dr. José Athanázio implantou, desde maio de 2019, no seu atendimento o acolhimento por meio de classificação de riscos, um método usado em muitos hospitais do Brasil. De acordo com a situação do paciente ele será classificado com uma cor para estabelecer a prioridade do atendimento, independente da ordem de chegada. Mas alguns usuários da fundação têm reclamado sobre esse atendimento e sobre a demora no atendimento. Em coletiva de imprensa, o diretor do Hopsital, Edson Martins, e o médico chefe da emergência, Dr. Rodrigo Bagattini, explicaram a necessidade de aplicar esse tipo de classificação.

Em virtude das reclamações que chegaram até a fundação, o diretor esclareceu que esse atendimento prioriza o paciente que está em situação mais vulnerável e, portanto, não são atendidos por ordem de chegada. “Estamos usando um acolhimento por cores. Mas algumas pessoas ainda não entenderam como é feito este atendimento. Não é por ordem de chegada, mas por rodem de prioridade. Nesta classificação, uma criança ou um adulto pode passar na frente de um idoso, dependendo do estado de saúde de cada um. Entre uma criança que está com uma parada e um idoso que está com um resfriado. O que é o mais importante e prioritário? A criança, com certeza. Fazemos isso para ordenar o atendimento do hospital. Se não fizermos isso vai virar uma bagunça”, refletiu.

O diretor foi respaldado pelo médico Rodrigo Bagatini, que relatou que este método ajudou a melhorar o atendimento realizado no hospital. “É fundamental que a população se conscientize sobre isso, ela precisa respeitar essa classificação, pois o objetivo é melhor atender urgências e emergências, que a prioridade do hospital é salvar vidas. Implantar isso é uma vitória para o hospital, e hoje conseguimos fazer uma classificação de risco. Este procedimento está sendo feito de maneira adequada. O que é grave não há espera, fazemos logo o atendimento. Queríamos tratar todo mundo muito rápido, mas infelizmente não conseguimos dar a atenção para todos, então solicitamos que as pessoas procurem a atenção básica”, declarou o médico.

Ainda segundo as informações, apesar do incentivo para que as pessoas procurem as Unidades de Saúde, as pessoas ainda procuram o Hospital para atendimento não emergenciais. “Cerca de 90% do que vem para o hospital não é assunto de hospital, é assunto de rede básica e as pessoas não usam a rede básica. O hospital está estruturado para urgência e emergência, aqueles que tem risco de vida.”, apontou o diretor. Sobre os atendimentos feitos no hospital, levantamento feito indicou que estão sendo feitas 160 consultas por dia, uma média de 6,6 consultas a cada hora, número maior do que é recomendado pelo Conselho de Medicina, que é de 4 consultas por dia.

A população que precisa do atendimento no hospital deve estar consciente de que, dependendo da situação, ela poderá não ser atendida de imediato e nem na ordem de chegada. Após avaliação da enfermagem ,ela recebera uma pulseira de determinada cor indicando seu grau de prioridade.

Quando procurar o hospital?

• Quedas, acidentes com traumas, fraturas (cortes com sangramento excessivo que necessitam de suturas
• Queimaduras, afogamentos, engasgamentos, choques elétricos
• Hipertermia com crises convulsivas
• Dor aguda de qualquer natureza
• Dor no peito (Hipertensos e Cardíacos)
• Hipertensão Arterial (dor na nuca, tontura, pressão alta)
• Bronquite, asma, falta de ar
• Diabetes Descompensadas (Hiperglicemia e Hipoglicemia)
• Gestantes em trabalho de parto

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1598 de 03 de Outubro de 2019.

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