Não, este não é um texto sobre autoestima ou autoajuda, ou supervalorização das qualidades. A beleza interior tratada aqui se trata de saúde.
Você se olha no espelho e fica feliz com o que ver? Se estiver muito acima ou abaixo do peso, provavelmente vai querer mudar o que incomoda. Porém, há certas coisas que não são possíveis visualizar pelo espelho. O seu reflexo não diz como anda sua saúde. Então, como cada um está por dentro?
A obesidade, um mal que afeta adultos e crianças, deveria incomodar não só os olhares, mas acima de tudo deveria gerar um alerta as possibilidades que se apresentam com o ganho excessivo de peso. Quando se trata de crianças, a obesidade até parece aceitável, porque quanto mais fofa é a criança mais os adultos querem apertar. Mas por dentro aquela criança pode estar desenvolvendo problemas que afetarão sua vida durante anos. Não é bonitinho e não é brincadeira. Crianças precisam ser cuidadas, e a alimentação delas deve ser encarada com seriedade.
No caso dos adultos, não é diferente, o mesmo cuidado deve ser tomado, e eles ainda tem um motivo a mais para isso, pois suas ações vão servir de exemplo para os mais novos. Parece que a alimentação não tem sido vista mais como uma necessidade, mas unicamente como uma fonte de prazer, e quanto mais comer melhor. “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”. O pensamento parece ser esse, mas não é tão simples assim. Antes de chegar até seu ápice, as doenças vão causar muitos danos, vão te fazer gastar mais dinheiros com medicação e ainda vão superlotar as emergências e filas de atendimento médico. Não é à toa que os médicos falam sobre cuidados preventivos. Mais saúde, menos problemas.
A obesidade é perigosa. Ela pode comprometer a qualidade de vida e desencadear o surgimento de doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono, e demais doenças que podem culminar em morte. A gordura em excesso, não deveria causar incomodo apenas por fatores estéticos, mas pelo mal que ela pode fazer dentro das pessoas. A beleza interior, neste caso, se refere a boa saúde. Como estão as taxas de colesterol, triglicérides, glicose…?
O que colocamos dentro do corpo? O que estamos fazendo com a nossa vida? Encaramos os alimentos como combustível para viver mais e melhor ou como fonte de prazer? Refletir sobre isso vai nos fazer tomar melhores decisões e uma busca por mais qualidade de vida. Abaixo a obesidade!
Por: Priscila Nascimento
Jornalista
*Editorial publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1605 de 21 de Novembro de 2019.
