Epagri celebra 28 anos e exalta contribuição prestada ao agronegócio catarinense

Estação experimental de Campos Novos foi inaugurada em 1996 e caminha no mesmo objetivo de contribuir com o desenvolvimento da região.

Maykol Ouriques, Anselmo da Silva e Alexandro Kolling

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) completa 28 anos de atuação no estado e se prepara para realizar atividades alusivas a data para comemorar o trabalho desenvolvido em prol do agronegócio no estado. A Epagri foi fundada em 20 de novembro de 1991 sendo fruto da junção de empresas de pesquisa e extensão que já atuavam no estado: A Acaresc, que era responsável pela extensão rural, a Acarpesc, que respondia pela extensão pesqueira, e a Empasc, que fazia a pesquisa agropecuária. O Estado foi o primeiro, e até hoje é um dos únicos, a reunir numa empresa os serviços de pesquisa agropecuária e extensão rural. A partir desse ato de ousadia e inovação se construiu uma história de sucesso. Hoje a Epagri é referência nacional e internacional em pesquisa e extensão rural. Santa Catarina é um estado modelo no país, sendo reconhecido e respeitado no mundo pela qualidade de seus produtos em virtude do trabalho desenvolvido pela entidade que se dedica e investe para oferecer aos produtores as melhores tecnologias e metodologias a serem aplicados no campo. Atualmente o estado se destaca pela produção de arroz, cebola, alho, mel, ostras e mexilhões, maçã, vinhos de altitude e a pecuária a base de pasto graças aos estudos empreendidos pelo órgão. A unidade de Campos Novos realizará nesta quinta-feira um Dia de Campo voltado a cadeia leiteira em comemoração ao aniversário.

A equipe do jornal O Celeiro conversou com colaboradores da Epagri em Campos Novos para conhecer um pouco da história e da atuação do Epagri no estado e no município. A Epagri tem papel importantíssimo no estado por ser a fomentadora do setor que é o carro chefe da economia. Para manter suas atividades a Epagri conta com investimento oriundos do Governo Federal, Estadual e também com recursos próprios. O retorno dos investimentos em tecnologia gerou em 2018 R$ 2,23 bilhões. Desde sua criação, a Epagri promove as mais inovadoras formas de incentivar o agronegócio e manter o produtor e sua família no campo. A Epagri tem como um dos objetivos mostrar que o trabalho no campo pode ser de qualidade e rentável. Uma dessas iniciativas, que iniciou em 2004, foi o programa voltado a capacitação de jovens produtores rurais, que foi teve o projeto piloto iniciado em Campos Novos. Este projeto foi fruto da necessidade de manter as famílias no campo e garantir a continuidade do trabalho dentro das propriedades. “As pessoas começaram a envelhecer e os jovens não estão mais ficando no campo. A Epagri começou a trabalhar com tecnologias que podiam trazer qualidade de vida e humanizar o trabalho. A maioria das propriedades do estado são geridas por pessoas mais velhas. Aqui temos muitas pequenas propriedades, e o nossos foco é que a sucessão aconteça em vida e que tenhamos tecnologias para que o produtor fique no campo sabendo que vale a pena e terá um salário digno. Queremos que as famílias escolham ficar no campo porque é possível alcançar qualidade de vida e a Epagri participa desse desenvolvimento de pesquisa”, declarou o agrônomo e gerente regional da Unidade em Campos Novos, Maykol Ouriques.

Dentro das pesquisas e extensões realizadas pela Epagri, o foco principal é nas cadeias produtivas e na rentabilidade do produtor, mas isso tudo isso tem que levar em conta a qualidade dos produtos que chegam ate o produtor, por isso o órgão estabelece normas rigorosas pensando na sustentabilidade e no meio ambiente. “Queremos que o produtor respeite o meio ambiente, cuide da saúde da família, tenha a humanização do trabalho e tenha rentabilidade econômica. Nosso foco são as cadeias produtivas, que demandam quantidade e qualidade. O consumidor quer um alimento mais limpo e barato, sem gestão não conseguimos esse objetivo. O produto tem que ser barato, mas precisa ser rentável ao agricultor. Não queremos produtividade a qualquer custo, o importante é que tenha retorno. Não me interessa só ganhar dinheiro se eu vou destruir o meio ambiente”, explicou Alexandro Kolling, Médico Veterinário, Gerente da Estação Experimental de Campos Novos.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1606 de 28 de novembro de 2019

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