Novo momento: o fim das ADRs e o fortalecimento da comunicação com o interior

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Miguel Ângelo Gobbi

O trabalho do governador Carlos Moisés completa os primeiros 30 dias, desde a condução ao Centro Administrativo, legitimada pelos 71% dos votos válidos da última eleição. Até o momento, Moisés tem mantido a coerência entre as decisões tomadas e o discurso de campanha: sancionou lei que estabelece ações de combate à corrupção, extinguiu mais de 100 cargos comissionados, trouxe à tona a discussão sobre acessibilidade, aproximou o turismo do guarda-chuva da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo (SDS) e, entre outras escolhas, decidiu por desativar, completamente, até 1º de maio, as 20 Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), uma das medidas de maior impacto e repercussão até aqui, embora ainda seja necessária a aprovação por parte da Alesc, diante da reforma administrativa.

O mais importante é que o fim das ADRs será gradativamente fato passado à medida que dará lugar à criação da Central de Atendimento aos Municípios, via parceria com a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam). A estrutura servirá, especialmente, para receber as demandas inerentes às rotinas dos munícipes. Entretanto, além de enxugar a máquina pública e criar modernos e eficientes mecanismos de controle, é fundamental para todo e qualquer governo a manutenção de um diálogo permanente com a população: é dever do Estado e direito do cidadão.

Diante deste cenário, revela-se uma oportunidade ímpar de comprovar de vez a vocação e a força dos veículos de comunicação do interior catarinense, filiados à Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC), Associação de Diários do Interior de Santa Catarina (ADI/SC) e Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT), que, juntas, perfazem a maior rede de comunicação catarinense. Um elo entre mais de uma centena de jornais – diários, bissemanais, semanais, quinzenais e mensais – emissoras de rádio, e de televisão, com as comunidades, com cada cidadão. O momento nunca foi tão propício e emergente.

Cada veículo do interior conhece bem a realidade da região onde atua, tem clareza da função social que exerce ao disseminar as informações do Estado, com excelência e credibilidade, além de ser parceiro permanente – perante as comunidades – nas campanhas de utilidade pública. Com as associações dos jornais diários, bissemanais, semanais, quinzenais e mensais, além da representação das rádios e emissoras de televisão, observadas cada área de atuação, especificidade e competência, passamos a ser um elemento propulsor ainda mais relevante neste contexto; somos um!

Não há dúvidas de que o governo eleito tem ciência e tem tratado o tema com muita serenidade e responsabilidade, uma vez que conhece a credibilidade dos veículos do interior e precisará repassar informações do que está sendo feito, prestar contas e envolver as comunidades em projetos futuros. Por isso, temos a convicção de que Adjori, ADI e Acaert têm plenas condições de atender às demandas do Estado neste sentido. Afinal, quando a comunicação está presente no interior, não é apenas o governador ou o secretário quem vai, mas, sobretudo, o governo como um todo.

A comunicação pública precisa criar sinergia, sintonia e servir à sociedade por meio da produção de conteúdos e da veiculação de campanhas e anúncios que reflitam os anseios, os desafios e os sonhos de cada munícipe, estimulando a reflexão e o debate público. E, reiteramos: juntos, podemos fazer mais e, principalmente, garantir a continuidade da conexão entre o governo e os municípios do interior.

Por> Miguel Ângelo Gobbi, presidente da
Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (ADJORI)

*Artigo publicado no jornal “O Celeiro”, Edição 1564 de 07 de fevereiro de 2019.

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