Instituto IMAS iniciará oficialmente os trabalhos frente ao Hospital Dr. José Athanázio em Abril

Na prática a OS já começou os trabalhos e o processo de transição para a gestão compartilhada

O momento é de grande expectativa para o município de Campos Novos. Primeiro veio a notícia de que a gestão da Fundação Hospitalar Dr. José Athanázio seria compartilhada, depois foi noticiado os processos de chamada e então a escolha foi anunciada: O Instituto Maria Schmitt – IMAS é a organização social sem fins lucrativos que irá gerir o Hospital. A imprensa local cobriu cada detalhe desse importante passo dado em busca da melhoria na qualidade da saúde de Campos Novos. A expectativa agora é que os trabalhos comecem e a população consiga ver a efetividade e os resultados no dia a dia do hospital. O prefeito Alexandre Zancanaro anunciou o fato em texto publicado pela assessoria de comunicação e no dia 6 deste mês, a imprensa foi chamada para a celebração do contrato. O processo de transição já foi iniciado, mas a equipe confirmou que o instituto irá iniciar os trabalhos oficialmente no dia 1 de abril. Estiveram presentes o prefeito Zancanaro, o vice-prefeito Gilmar Marco Pereira, a diretora administrativa, Luana Coninck Dalla Costa, o diretor técnico, Euclides DallOglio, a secretária de saúde, Mayara Serena, o presidente do Imas, Robson Schmitt, e a diretora assistencial do Imas, Késia Labs de Lima.

A atuação do IMAS, tem sido na região sul de santa Catarina e na região de Florianópolis, mas o presidente do IMAS, Robson Schmitt, falou que decidiu ampliar a atuação para a região Oeste por se sentir seguro quanto a situação em que a Fundação Dr. José Athanázio se encontra. Ele elogiou e destacou os pontos fortes do hospital, que, segundo ele, tem uma boa estrutura e um grande potencial para se tornar uma referência na região. “Vimos um hospital bem cuidado, com uma estrutura boa. Tivemos boas informações da cidade. O Imas resolveu sair da sua zona de conforto, que era o sul de Santa Catarina e região de Florianópolis, e vir para a região de Campos Novos em virtude da segurança que tivemos nessa gestão e nas informações que a gente colheu, na qualidade do hospital da forma em que ele está estruturado. Dá pra fazer muita coisa boa aqui. Fizemos um projeto adequado, e essa gestão participativa com a prefeitura nos deixou tranquilos porque mostra que a prefeitura vai estar dentro do hospital e em parceria”, declarou.

A ocasião foi oportuna esclarecer dúvidas sobre as ações futuras, recursos e objetivos. A Administração Municipal inicialmente irá repassar o valor de R$ 750 mil para a organização, valor que será diminuído aos poucos. Será que esse valor é suficiente para administrar o hospital? Robson responde que sim, ele conta que em hospitais de mesmo porte eles conseguem trabalhar até mesmo com um valor inferior, pois com o tempo o hospital deverá promover sua própria renda e, aos poucos, se tornará autônomo.” A gente trabalha com a média de R$ 150 mil reais repassados da prefeitura em hospitais de porte semelhante a esse e conseguimos administrar. O valor aqui será suficiente para fazer um bom trabalho. E garantiu que irá incrementar e aumentar os serviços do hospital para a geração de renda. “Se pegar o hospital hoje e não tomar nenhuma atitude para incrementar os serviços eu não consigo administrar o hospital. Eu aumento o número de serviços para eu ter decréscimo no repasse da prefeitura, ou haverá um déficit no número de caixa. O instituto irá fomentar serviços dentro da unidade hospitalar. Temos o incentivo da prefeitura, a composição do SUS e também o particular”, esclareceu.

Conforme o edital, a meta é aumentar em 50% o número de cirurgias eletivas logos nos dois primeiros meses. “Vamos nos reunir para mapear a capacidade do hospital com relação aos médicos. O hospital tem 4 salas cirúrgicas, tem capacidade de fazer quase 400 cirurgias no mês. Temos que avaliar os recursos de mão de obra médica e a demanda da região, que sabemos que é grande. Caso seja necessário vamos trazer apoio para os colegas daqui para conseguir criar serviços que possam atender a região. A nossa ideia é elevar e dobrar o número de cirurgias”, afirmou o presidente. Um dos objetivos do IMAS é tornar o Hospital Dr. José Atanhazio um polo para atender não apenas Campos Novos, mas os municípios da região. “Hoje o hospital tem condições de ser referência em cirurgia eletiva na região. Precisamos ofertar serviços para outros municípios e nos tornar um polo médico”, prosseguiu. Para o porte do hospital cabem apenas cirurgias eletivas, de média complexidade, que incluem cirurgias de menisco, pé, joelho, tornozelo, ombro, hérnia, vesícula, vasectomia, catarata, entre outras. Procedimentos mais complexos são realizados apenas em hospitais de grande porte, que não é o caso de Campos Novos.

Para tentar resolver o problema referente aos plantões na emergência, o Instituto atua remunerando os médicos por produção, como incentivo para que atendam mais pacientes. Também será feito um protocolo de risco para classificar os atendimentos “Faremos uma reunião com o plantão médico e iremos propor que eles tenham uma remuneração fixa por hora e mais a remuneração por produção para que as pessoas não fiquem esperando o atendimento por horas. Haverá uma ouvidoria para saber a satisfação e qualidade. Nosso grande desafio sempre foi o Pronto Socorro porque é onde o paciente vem com dor, angustiado, e acaba tendo todo um estresse. Quando você instala um protocolo de risco você cria indicadores de qualidade, e o médico se sente motivado a atender melhor”, propõe. Outra medida a ser tomada é que o hospital deverá contar com um médico rotineiro, os médicos não atuarão mais na forma de sobreaviso. “O instituto se propôs a mudar essa rotina, teremos o médico rotineiro, que estará de plantão na unidade para atendimento do paciente. Esse medico rotineiro que firma a relação médico-paciente”, conclui Robson.

*Reportagem publicada no jornal “O Celeiro”, Edição 1569 de 14 de março de 2019.

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